O que são e para que servem os abrasivos?

Os abrasivos são produtos de origem sintética ou mineral utilizados para desgastar, polir ou limpar diversas superfícies.

Sua aplicação é eficiente para trabalhar em metais ferrosos como aço inox, aço carbono, ferro fundido e ferro laminado; em metais não ferrosos como alumínio, bronze, cobre, latão, além de materiais como vidro, madeira, plástico, cerâmica, borracha, fibra de vidro, materiais compostos, em revestimentos como cromo duro, carbeto de tungstênio, entre outros.

Os grãos abrasivos naturais, surgem em veios, na crosta terrestre ou são os próprios minerais, os formadores das rochas. Como exemplo temos o diamante que é o abrasivo de maior dureza encontrado na natureza. Estes, quando imperfeitos e pequenos são triturados, reduzidos a pó e destinados para operações de polimento e esmerilhamento nas indústrias em geral. Incluem-se nos abrasivos naturais os minerais quartzo, coríndon, topázio, entre outros.

Embora ainda sejam muito utilizados, os abrasivos naturais têm sido substituídos por abrasivos sintéticos, dentre os quais se destacam os abrasivos silicosos (constituídos de carbeto de silício) e abrasivos aluminosos (constituídos de minério de óxido de alumínio, silício e ferro), obtidos pela fusão de materiais em forno elétrico. Além deles, obtiveram-se com sucesso em laboratório, o nitreto de boro, abrasivo com dureza semelhante à do diamante, produzido artificialmente por processos que utilizam altas pressões e temperaturas.

Muitos abrasivos sintéticos são produtivamente equivalentes a um mineral orgânico e atualmente, ambos os tipos podem ser encontrados em diversas formas, que muitas vezes são revestidos ou rígidos e devem ser escolhidos a partir de sua adequação ao material que será usinado.

Os abrasivos revestidos são minerais abrasivos e adesivos, aplicados sobre uma base flexível. Os abrasivos revestidos mais conhecidos, são as lixas, que possuem suas bases de papel ou tecido, onde os grãos abrasivos são depositados e aderidos com o auxílio de colas ou resinas.

O costado (base de aplicação) utilizado na sua fabricação, pode possuir um único tipo ou uma combinação de até três materiais, que são classificados de acordo com quesitos como peso, flexibilidade, dureza e resistência. É através da combinação destes materiais, que é possível produzir abrasivos específicos para aplicação em cada material ou processo, como é o caso de lixas específicas para ferro, madeira e aço, por exemplo.

Já os abrasivos rígidos são as ferramentas abrasivas constituídas basicamente por uma mistura de grãos abrasivos e elementos aglomerantes ou “ligas”. O princípio de ação destas ferramentas consiste no desgaste causado pela penetração superficial dos grãos abrasivos, ocasionando a remoção de partículas do material.

Na medida em que se processa essa operação, os grãos abrasivos vão perdendo o seu poder de corte, exigindo maior pressão na área de contato peça/rebolo, gerando uma força que fratura ou arranca as partículas gastas, expondo continuamente novas arestas de corte. Alguns exemplos de abrasivos rígidos são os rebolos, discos de corte, disco de desbaste, pontas montadas e segmentos abrasivos...

Em virtude de suas múltiplas aplicações, os grãos abrasivos são disponibilizados em vários tamanhos, onde são triturados e classificados em peneiras conforme o tamanho da partícula e classificados com números, onde quanto maior a numeração menor será o tamanho do grão, isto dentro das normas ANSI e FEPA. É a partir do seu tamanho que se define sua granulometria, variando do grão 16 (considerado grosso) ao 2500 (considerado superfino). Desta forma podemos usar a seguinte relação entre aplicação e granulometrias: